sábado, agosto 02, 2003

Porquê “The Serendipitous Cacophonies”?

Um artista não tem de explicar a sua arte. Mas como eu não sou artista e não chamo ao que faço “arte” (demasiado pomposo – são simples experiências, escolhas de combinações de sons), não tenho problemas em descodificar o nome.

[Clicar aqui para saber o que significa “serendipity” e cacofonia.]

Há uma música que explica a razão de ser o nome. Chamei-lhe “the serendipitous cacophony”. Ela foi “composta” em 3 minutos, sem olhar para o teclado, sem saber o que ia tocar, enquanto eu lia qualquer coisa no computador que tenho ao lado do sintetizador. O resultado ficou gravado e achei uma certa piada. Noutros 3 minutos, juntei uns pózinhos, o mínimo possível, e pronto. O resultado é um pouco cacofónico e foi obtido praticamente por acaso. Não quero mexer mais na música, tenho uma certa admiração pelo acaso com que as coisas nascem.

Tenho feito algo de semelhante com muitas outras músicas: escolho aleatoriamente os sons e os seus parâmetros (o sintetizador permite-me tocar vários sons simultaneamente em diferentes partes do teclado e eu quero que a surpresa para mim seja máxima). Sem saber que sons vão surgir se tocar no teclado, preparo-o para gravar e começo a tocar. Por vezes, não quero saber onde vou começar a tocar e fecho os olhos, para que o resultado seja inesperado para mim. Faço isto para aumentar a diversidade do resultado final, mas vou ter de também diversificar estas técnicas...

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